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Foto do escritorRodrigo Romero Dominiquini

A PEJOTIZAÇÃO E OS CONTRATOS DE JORNALISTAS

A prestação de serviços jornalísticos por meio de pessoas jurídicas. Pode ser uma fraude trabalhista. Entenda melhor.

 

A pejotização é uma prática que vem sendo amplamente utilizada por emissoras de televisão na contratação de jornalistas, principalmente nos últimos anos. Essa prática consiste na contratação de profissionais como pessoa jurídica, ao invés de serem contratados como funcionários formais, com carteira assinada.


E, qual o é o problema da contratação de jornalistas "PJ"?

Ao contratar jornalistas como pessoas jurídicas, as emissoras de televisão podem se beneficiar de diversas formas. Em primeiro lugar, elas conseguem reduzir os custos com encargos trabalhistas, já que não precisam arcar com benefícios como férias, décimo terceiro salário, FGTS e outros. Além disso, as emissoras também se beneficiam da flexibilidade que a contratação como pessoa jurídica oferece, já que podem contratar os profissionais apenas quando necessitam de seus serviços, sem a obrigatoriedade de manter um vínculo empregatício formal.

Além dos impactos negativos já mencionados, a pejotização na contratação de jornalistas por emissoras de televisão pode gerar graves fraudes trabalhistas e prejuízos financeiros para os profissionais envolvidos.

Um dos principais problemas é a falta de reconhecimento do vínculo empregatício entre a emissora e o jornalista. Quando esse vínculo não é reconhecido, o profissional pode ser prejudicado em diversos aspectos, como na ausência de direitos trabalhistas, como já mencionado, e também na falta de proteção previdenciária, que é fundamental para garantir uma segurança financeira em casos de afastamento por doença, por exemplo.

Além disso, muitas vezes as emissoras utilizam a pejotização como forma de reduzir custos e aumentar sua margem de lucro. Para isso, elas oferecem contratos com valores abaixo do mercado, o que pode ser prejudicial para os jornalistas que aceitam essa proposta. Isso porque, além de receberem menos do que poderiam, esses profissionais ainda perdem diversos benefícios, como o direito a férias remuneradas, décimo terceiro salário, FGTS, entre outros.


O que fazer numa situação dessa?


Para combater essa prática, é importante que os jornalistas estejam cientes dos seus direitos e busquem orientação jurídica para entender como lutar por eles. Uma das medidas que pode ser tomada é buscar o reconhecimento do vínculo empregatício com a emissora, o que pode garantir o recebimento dos direitos trabalhistas e previdenciários.

Para isso, é fundamental que os jornalistas reúnam documentos que comprovem a relação de trabalho, como contratos de prestação de serviço, recibos de pagamento, e-mails trocados com a emissora, entre outros. Com essas informações em mãos, é possível buscar a orientação de um advogado especialista em direito do trabalho, que irá avaliar o caso e indicar as melhores medidas a serem tomadas.

Portanto, é importante que os jornalistas estejam atentos aos seus direitos e busquem orientação jurídica sempre que identificarem situações que possam prejudicá-los. A pejotização na contratação de jornalistas por emissoras de televisão pode gerar impactos negativos para a vida profissional e financeira dos profissionais, mas com as medidas corretas é possível lutar por seus direitos e garantir a justiça no ambiente de trabalho.


Impactos da pejotização para os profissionais do jornalismo


Além dos impactos negativos já mencionados, a pejotização na contratação de jornalistas por emissoras de televisão pode gerar graves fraudes trabalhistas e prejuízos financeiros para os profissionais envolvidos.

Um dos principais problemas é a falta de reconhecimento do vínculo empregatício entre a emissora e o jornalista. Quando esse vínculo não é reconhecido, o profissional pode ser prejudicado em diversos aspectos, como na ausência de direitos trabalhistas, como já mencionado, e também na falta de proteção previdenciária, que é fundamental para garantir uma segurança financeira em casos de afastamento por doença, por exemplo.

Além disso, muitas vezes as emissoras utilizam a pejotização como forma de reduzir custos e aumentar sua margem de lucro. Para isso, elas oferecem contratos com valores abaixo do mercado, o que pode ser prejudicial para os jornalistas que aceitam essa proposta. Isso porque, além de receberem menos do que poderiam, esses profissionais ainda perdem diversos benefícios, como o direito a férias remuneradas, décimo terceiro salário, FGTS, entre outros.

Outra fraude que pode ocorrer nesse tipo de contratação é a utilização indevida do CNPJ do jornalista. Muitas vezes, as emissoras exigem que o profissional abra uma empresa para formalizar a contratação como pessoa jurídica, mas depois utilizam esse CNPJ para emitir notas fiscais em nome de outros serviços que não têm relação com o trabalho realizado pelo jornalista. Isso configura uma fraude fiscal e pode trazer graves consequências para o profissional envolvido, inclusive com a possibilidade de responder por crime de sonegação fiscal.

Por essas razões, é importante que os jornalistas fiquem atentos a esse tipo de contratação e busquem orientação jurídica sempre que se sentirem prejudicados. A luta pelos direitos trabalhistas é fundamental para garantir uma vida profissional mais segura e justa, e um advogado especializado em direito do trabalho pode ajudar na busca pelos direitos que lhe são devidos.


Caso Real - Paulo Henrique Amorim


Existem vários casos reais de fraudes na contratação de jornalistas por meio da pejotização. Um exemplo bastante emblemático foi o caso do jornalista Paulo Henrique Amorim, que faleceu em 2019. Ele foi contratado por uma emissora de televisão como pessoa jurídica, mas após sua morte, seus herdeiros conseguiram comprovar judicialmente o vínculo empregatício entre o jornalista e a emissora.

A decisão judicial que reconheceu o vínculo empregatício apontou que a emissora exigiu a constituição de uma empresa para formalizar a contratação, mas que na prática, Paulo Henrique Amorim exercia suas funções como qualquer outro empregado, tendo horários pré-definidos, subordinação à chefia e até mesmo uso de uniforme.

Além disso, o jornalista recebia um valor fixo mensal, o que configura uma remuneração por serviços prestados e não por uma prestação de serviços de natureza empresarial, como a emissora alegava.


Esse caso é apenas um exemplo de como a pejotização pode ser utilizada para fraudar os direitos trabalhistas de jornalistas e outros profissionais. Por isso, é fundamental que os trabalhadores estejam atentos a esse tipo de contratação e busquem orientação jurídica caso suspeitem de irregularidades em sua relação de trabalho.


Para maiores informações fale com o advogado especialista



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